Eu, já dentro
do vazio elevador.
Ele, no outro lado;
no longo corredor.
Entre nós, a mala
– grande!
Mas não maior
que minha imensa Dor.
Eu, olhos molhados,
disse:
“Adeus, Meu Filho!”
(Ali, escapou-me – por aflição)
Ele, olhos surpresos,
peguntou:
“Porquê 'Adeus', Papai?”
(Então, não intuí a premonição)
Eu, perdido no peso dos anos,
respondi:
“Quis dizer 'Ciao', Meu Filho.”
(Mas ali, não cabia disfarce – Perdão)
Nossos olhos, quatro ilhas de Amor,
entendiam que o táxi, na garagem,
esperava.
(Assim foi – a minha última viagem)
Jairo De Britto, em “Dunas de Marfim”
Neste momento, Jairo, somos um. O Poema e eu. E essa lágrima no canto dos olhos, que se acomprida dentro de fora de mim, lágrima de adeus, de ciau, de sigo contigo para onde você for, essa lágrima não sei explicar. Só sei que neste momento estou dentro do Poema, de mãos dadas com o poetanaalma, você. Agradeço por ter recebido você nesta vida, para ser meu amigo, amigo da alma. Ler teus poemas é uma dádiva.
ResponderExcluirGrato, Carmen Regina! Sempre soube & sinto que posso contar com Você, Cara Amiga & Poeta. Ambos mantemos, há anos, laços que superam toda e qualquer diferença noutra área. Eu admiro sua Obra. E Você... Sabe & 'Sente' como estou. Grato por Tudo e Tanto - Sempre. Beijos.
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