I
Sim, escrito estava
em telas alvas de silício;
grávidas de Sorte e Silêncio.
II
Sim, escrito estava
em frases formais, diversas
daquela à soleira da porta.
III
Sim, escrito estava,
mal ou bem, tudo sobre ele
– seus atos mais solenes e caros:
À flor da pele, toda a imensa
fome de Saber e Alegria – que,
com um sorriso, sua Dor cobria.
IV
Até então, eu supunha fosse
um Testamento;
uma Carta de Amor, um Alento.
V
Não! Descrito estava tudo lá.
Em única folha: lâmina em brasa
– bárbara, suficiente, definitiva:
Tudo e Todo Advento!
VI
Em profundo Silêncio, eu li.
Lá – inédito e inóspito,
num grito interrompido,
seu último Atestado:
de Óbito!
*Jairo De Britto, em “Dunas de Marfim”
Belas formas de voar você produziu amigo. Convido para ser seguidos do meu Blog: operadanoite.blogspot.com um forte abraço!!
ResponderExcluirO fim do velho poeta, o nascimento do Poeta Novo.
ResponderExcluirMaravilham-nos essas pétalas ao longo do caminho de tua poesia,
amigo Jairo.
Inspiração sensível, toques de alma.
Abraços.
Jairo Alves, Meu Caro: grato por suas palavras, Apreciação & Consideração. Já tentei tornar-me 'seguidor' do seu Blog e não consegui - por pura incompetência minha. Mas, agora, vou tentar mais uma vez.
ResponderExcluirCarmen Regina, Querida: desses que chama (generosamente) de "toques de alma" e "pérolas", você conhece bem mais do que aqui se encontra.
A ambos, Meu Cordial Abraço & Gratidão.