Vejo a aldeia
através do espelho.
Sei que tudo espera:
Todas as dores, todas as letras;
o Verbo vivo inteiro.
Vejo a aldeia
através do espelho.
Sei que tudo esmera:
Todas as flores, todas as torres;
a gramática dos anjos.
Vejo a aldeia
através do espelho.
Sei que tudo escuta:
Todo alarde, todo silêncio;
o completo futuro possível.
Através da aldeia
vejo o espelho.
Que me descobre e desnuda
sem cerimônia ou fé.
Através do espelho
vejo aldeia:
Pequena ou grande,
gosto de, ao longo da Baía,
desvenda-la à pé!
*Jairo De Britto, em "Dunas de Marfim"
Parabéns este blog, está deslumbrante.Mas, só poderia ser, com conteúdo e imagens maravilhosas.
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